terça-feira, 6 de novembro de 2007

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Segundo dados estatísticos do Eurostat, VIVEMOS NUM MUNDO EM DESIQUILÍBRIO porquanto,

- 80% da riqueza mundial é partilhada por apenas 20% das pessoas,

- Mais de 1 bilião de pessoas, a nínel mundial, vive com menos de 1 dólar por dia,

- Todos os dias morrem mais de 30.000 crianças devido a doenças que já têm tratamento,

- Estima-se que, todos os anos, 37.000 Km2 de gelo desapareça, assim como 140.000 Km2 de floresta;

- 12.500 Espécies de fauna e flora estão em risco de extinção,

- Em 1950, 65% da população mundial vivia no campo. Em 2025, 60% vivia nas cidades, sendo crescentes as estimativas de deslocação de pessoas para as cidades;

- Os transportes são responsáveis por ¼ das emissões de CO2 para a atmosfera,

- Entre 1980 e 1990, o número de pessoas afectadas por catástrofes naturais aumentou 50% EM PORTUGAL: - 1/5 dos cidadãos vive abaixo do limiar da pobreza,

- 21% das pessoas estavam, em 2004, em risco de pobreza, 23% dos quais eram menores de 16 anos e 29% com mais de 65 anos (2005);

- Em 2005, 38,6% dos jovens entre os 18 e os 24 anos não detinham habilitações académicas superiores ao 9º ano.

Perante este quadro de absoluto desiquilíbrio, é frequente ouvirmos falar, a políticos e não só, de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Fica-me, por vezes, a ideia que o conceito se tornou um "chavão" que muitos usam e abusam, mas que não sabem, ou não querem saber, como alcançar. O conceito surge por volta dos anos 70, tendo na sua origem determinados factores económicos, sociais e ambientais, tais como: - Explosão demográfica,

- Falta de recursos naturais para responder às necessidades da população,

- Crise do desemprego,

- Visibilidade e poder crescentes das Ong’s,

- Globalização,

- Visão global dos impactes económicos no ambiente.

Para alguns autores, com os quais concordo inteiramente, o desenvolvimento sustentável só pode ser aquele que satisfaça as necessidades presentes dos cidadãos, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, constituindo, em geral, obrigação de todos nós, e em particular dos Estados, a procura do equilíbrio ambiental, social e económico.

É com base neste princípio que, em 2001, o Livro Verde das Comissão das Comunidades Europeias, inclui a responsabilidade social das empresas como necessidade de integração voluntária de preocupações ambientais por parte das empresas, tanto ao nível do desenvolvimento das suas actividades económicas como ao da interação que estabelecem com os outros agentes, quer se trate de fornecedores ou clientes.

Mas, o dever de responsabilidade social não cpmpete somente às empresas e ao Estado, enquanto entidade gestionária dos destinos da nação. Este dever compete a todos os cidadãos do mundo, porque o mundo é de todos e, todos devem preservá-lo. É preservando o meio ambiente e desenvolvendo acções de verdadeira fraternidade, que melhoramos a condição de vida de todos.

TEMOS DE LEVAR ESTE ESPÍRITO A TODOS AQUELES QUE AINDA NÃO TÊM O SENTIDO DA SOLIDARIEDADE SOCIAL.

22 Comentários:

Blogger Mário Margaride disse...

Querida amiga,

Infelizmente essa realidade tem tendência para aumentar neste mundo globalizado em que vivemos.

Onde o poder dos interesses económicos se sebrepôem às pessoas.

Caberá a cada país, a cada um de nós. Fazer com que esse desiquilibrio diminua.
Temos que ser mais solidários!

Um excelente terça feira

Beijinhos...

6 de novembro de 2007 às 14:13  
Blogger Isamar disse...

E muitos há que não têm o sentido de solidariedade social nem estão em vias disso por puro egoismo, porque pensam que o dinheiro tudo compra e que aqueles que se preocupam com o desequilíbrio cada vez mais instável em que a Terra se encontra, são suficientes. Não gosto de deixar palavras de desesperança mas não creio que se esta tarefa não tiver o empenho de toda a comunidade que vive no planeta, a muito curto prazo entramos num caminho irreversível. O planeta cá continuará mas não terá condições para a sobrevivência das espécies animais e vegetais.
Um excelente post.
Diz-me amiga, o Joaquim Marques que , por vezes, comenta no Zé gonçalves tem blog?
beijinhos

6 de novembro de 2007 às 16:51  
Anonymous Anónimo disse...

Amiga Maria Faia,

Obrigada por mais um apelo tão importante, o da solidariedade social!
Concordo inteiramente consigo, tudo começa por nós, por vezes em pequenos gestos, que a pouco e pouco vão transformando algo à nossa volta!
Não podemos nem devemos estar sempre a deitar as culpas ao Estado,às Empresas,ou seja, aos outros!

A solidariedade tem de passar a ser um objectivo diário e como que uma "opção interior" para agirmos e apelarmos, quando necessário, que nos ajudem a colmatar tantas faltas.

Beijos muitos e uma boa semana para si!

6 de novembro de 2007 às 17:08  
Blogger Odele Souza disse...

Maria Faia.
Que bonito e importante texto. Paar ler, reler e refletir.Se cada um de nós pensar no "todo", certamente as diferenças sociais e as injustiças serão diminuidas. Ainda acredito que "juntos" muito poderemos fazer em prol do outro. Esperar por ações do governo e das autoridades....

Um abraço.

6 de novembro de 2007 às 17:56  
Blogger MARA CARVALHO (pseudónimo) disse...

Querida Maria,
Obrigada pelo tema escolhido!
Porque é importante,pertinente e porque sou particularmente sensível ao mesmo, tanto que o escolhi para a minha tese de Pós-Graduação.
Vou abordar o tema da Responsabilidade Social numa Empresa e numa ONG( centrado na DELTA e no BANCO ALIMENTAR CONTRA FOME).
Quanto ao tema, como é muito abrangente,se bem que motivador, teria mil e um comentários a fazer,principalmente porque tenho lido últimamente dezenas de páginas sobre o assunto.
Hoje em dia já existe, felizmente, por parte dos responsáveis por muitas empresas, a noção de que o sucesso das mesmas já não se centra e reduz apenas a negócio e a lucros.
Já é dada também importância a factores como a protecção do ambiente e a promoção da responsabilidade social.
Os cidadãos/consumidores, também já estão mais atentos,revelando novas expectativas face á crescente preocupação mundial com o meio ambiente e as questões sociais internas e externas à própria empresa.
A propósito deste tema deixo uma reflexão de Kofi Annan, Secretário-geral das Nações Unidas, que me parece ser de extrema importância:

“Temos de escolher entre um mercado global impulsionado pelo cálculo para obtenção de lucros a curto prazo e um que tenha o reflexo da face humana. Entre um mundo que condena um quarto da raça humana à fome e à sordidez, por um que ofereça a todos, no mínimo, a oportunidade de prosperidade, num ambiente saudável. Entre um egoísmo livre em que ignoramos o destino dos desfavorecidos e um futuro em que os fortes e bem sucedidos aceitam as suas responsabilidades, mostrando uma visão global e liderança.”
Um abraço
MARA

6 de novembro de 2007 às 18:18  
Anonymous Anónimo disse...

Pois é Amiga, temos que levar esta mensagem aos políticos da nossa praça.
Pois 'eles' falam muito e fazem pouco, muito pouco...
No nosso país, isto está a bater no fundo...Agora só falta escavar...
Bom post Amiga. Kisses

6 de novembro de 2007 às 18:41  
Blogger Zé Povinho disse...

Podemos fazer mais pela sociedade, podemos participar mais activamente em tarefas em prol do bem comum, podemos fazer mais protegendo o ambiente. Nós podemos, e devemos, contribuir nestas tarefas, mas devemos também participar cívicamente denunciando as injustiças e o desgoverno que em muito contribuem para o aumento dos desiquilíbrios sociais. Este tema é sempre actual.
Abraço do Zé

6 de novembro de 2007 às 18:43  
Blogger Carlinhos Medeiros disse...

Amiga guerreira.
Que bom visitar este espaço, um verdadeiro oásis de justiça, paz e solidariedade.

Um grande abraço do moço deste lado do atlântico.

6 de novembro de 2007 às 19:04  
Blogger *Um Momento* disse...

Minha Querida Amiga
Era tão bom que metade da população assim pensasse...
Já nos davamos por felizes...
O pior é que parece que a maior parte das pessoas apenas olha para o seu humbigo, e infelizmente isso reflecte-se na pobreza, na miséria que a todas as horas, minutos , segundos nos é dada a conhecer, e vemos com os nossos próprios olhos
Era tão bom que as pessoas não pensassem egoistamente,e de alguma forma colaborassem umas com as outras...
Deixo um beijo muito sentido... em ti
(*)

6 de novembro de 2007 às 19:48  
Blogger Rosana disse...

Maria,
Estes dados impressionam e nos preocupam. Está mais que na hora da palavra "responsabilidade social" não ser apenas um chavão para se tornar a realidade que precisamos estabelecer com urgência.
Parabéns pelo belo texto!
Beijos,
Rosana

6 de novembro de 2007 às 19:48  
Blogger Jorge P. Guedes disse...

Participação nas acções em que pudermos participar, sim, mas exigir que quem governa dê bons exemplos.

um abraço

6 de novembro de 2007 às 22:05  
Blogger Verena Sánchez Doering disse...

siempre temas que tocan la sociedad que vivimos
oajala todos tomaramos la responsabilidad social y ayudaramos a los mas necesitados
yo siempre estoy ayudando dentro de mis posibilidades
gracias amiga por tus hermosas palabras y todo tu cariño y estar cerca
mil gracias y mil disculpas por no pasar antes, ya te explique porque
pero saldre adelante una vez mas
te dejo todo mi cariño y mi amistad
que estes muy bien y sigue luchando por un mundo mejor
mil besitos


besos y sueños

7 de novembro de 2007 às 04:43  
Blogger C Valente disse...

Não vale apena percorrer muito, até neste país em que cada vez as desigualdades são mais acentuadas, onde cada vez menos tem mais, que o fosse que separa ricos de pobres é cada vez maior
Saudações amigas, e obrigado por cuidar dos animais. Temos de dar um pouco de nós
Saudações amigas

7 de novembro de 2007 às 14:51  
Blogger Isamar disse...

Passei para te deixar um beijo desde este Algarve soalheiro,de autêntico Verão.

Beijinhossss

7 de novembro de 2007 às 14:52  
Blogger Isamar disse...

Passei para te deixar um beijo desde este Algarve soalheiro,de autêntico Verão.

Beijinhossss

7 de novembro de 2007 às 14:52  
Blogger Menina do Rio disse...

Minha querida, por toda a história que conhecemos, sempre soube que era assim, infelizmente! Os chamados "descobridores e colonizadores" apossaram-se de tudo, dividindo entre os seus e até hoje ainda luta-se por um pedaço de terra, uma migalha de pão...Não sei ai, mas cá, a cada vez que o governo cogita a possibilidade de fazer uma reforma agrária, os latifundiários se benefeciam da Justiça que também é cega e tem bolsos grandes. Quem dera pudessemos mudar isso e quem tentou não viveu, como a Imprensa já nos mostrou tantas vezes.

Beijinhos e obrigada pela visita ao meu Recanto da Alma

7 de novembro de 2007 às 22:04  
Blogger Carminda Pinho disse...

Querida amiga,
cada vez, mais têm menos.
Um post oportuno.
Beijinhos

7 de novembro de 2007 às 22:18  
Blogger Kalinka disse...

OLÁ

Passo de mansinho, para lhe desejar, uma noite tranquila, belos sonhos.

Caso lhe interesse, segue esta informação:
Para os Amigos bloguistas que me visitam, segue a informação adicional:
O Festival vai até ao dia 1º de Dezembro;o encerramento é neste dia, é representada a peça da casa: A Farsa de Mestre Pathelin - encenada por Manuel Ramos Costa, dirigida a um público adulto.
Quem viver no Norte do País e estiver interessado é só visitar o site:
www.contactovar.com

BEIJITOS.

Hoje tirei umas horitas para fazer uma visita, pois ando atrasadissima com as visitas aos blogues dos Amigos.

8 de novembro de 2007 às 00:15  
Blogger amigona avó e a neta princesa disse...

Arrepia-me...beijo...

8 de novembro de 2007 às 06:02  
Blogger *Um Momento* disse...

Bom dia minha Querida Maria

Passo para desejar um dia lindo e soprar um beijo enorme...em ti

(*)

8 de novembro de 2007 às 11:14  
Blogger papagueno disse...

Um excelente post, um grito de aviso a quem manda no mundo. E atenção que a pobreza não é só en àfrica ou na América latina, em portugal está a crescer e muito devido às politicas "anti-socias" deste governo.
beijos

8 de novembro de 2007 às 14:02  
Blogger Lusófona disse...

Amiga, também já fiz uma postagem sobre responsabilidade social no Pasquim do Povo. Penso que muita gente não sabe do que se trata.

É urgente que todos os cidadãos conscientizem-se (principalmentes os que mais podem fazer e ajudar) que a evolução e o bem estar tem que ser partilhado com todos, que a irradicação das doenças, de mortes precoces, e tantas outras mazélas podem ser minimizadas se todos os povos tiverem direitos de igualdade, tiverem oportunidade de ter uma vida digna com emprego, saúde, justiça e um lar para as suas famílias.

Belo alerta!

Beijinhos e fica bem

8 de novembro de 2007 às 14:58  

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