MOMENTO DE POESIA....
Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valências de fora e de dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia."
in: António Gedeão
16 Comentários:
Gostei da escolha de um Grande Mestre... Ele tinha razão, A minha aldeia é todo o mundo, todo o mundo me pertence...
Um Grande Kiss
Não conhecia este poema do Antonio Gedeão. Eu tenho não um poema mas um conto que se titula da mesma forma e parte dele já foi publicado no Ecos e Comentarios.
Um Bjs.
Antonio
Olá Maria,
Belíssimo poema de Gedeão!
Um belo retrato desta aldeia global, a que chamamos, MUNDO!
Bom domingo minha amiga.
Um beijinho.
Olá António,
É muito bonito este poema sim. Para além de que, como outros, é também muito conhecido. Provavelmente leste e não te lembras.
Eu gosto muito da poesia do Gedeão. Faz-me bem à alma em momentos difíceis.
Beijo de Bom Domingo
Olá Amigo Mário,
Um Feliz Domingo para ti meu amigo, embalado em poesia, como tu tanto gostas.
Beijinhos
Não li não!
Depois tenho uma certa animosidade com a poesia devido a que, quando estudava na instrução primaria, era obrigado ( eu e os outros) a decorar todos os poemas que surgiam no livro de leitura, se não decorara era castigado, tal como todos os outros! Depois nos ambitos sociologicos encara-se a poesia como uma forma de tecnocracia da palavra para criar sugestões sensiveis em quem le.
Bjs e bom domingo
Rómulo de Carvalho pois então, na sua simplicidade, idêntica à forma como explicava a física nos manuais que elaborou.
Abraço
É verdade Amigo Guardião,
Na poesia era António Gedeão, na vida profissional, o grande Rómulo de Carvalho, professor, pedagogo, historiador da ciência e da educação etc...
Viveu uma vida inteira e os seus ensinamentos, poéticos e outros, permanecem para todo o sempre.
E, ainda há quem diga que tem vergonha de ser português...
Um Bom Domingo.
que bello poema querida amiga
abrazando al mundo
besitos y una linda semana, que estes muy bien
un abrazo grande
besos y sueños
A nossa aldeia aldeia é sempre amais bela.
boa escolha.
beijinhos
Caríssima Maria.
Uma grande iniciativa e sensibilidade.
Uma poesia que nos leva a refletir.
Abraços
Querida Amiga Freyja,
O poema é lindo e foi escrito por um grande português, um poeta de alma grande.
Irei divulgando outros poemas dele que acharás um encanto.
É uma forma de divulgação da cultura portuguesa, a nossa cultura poética, arte sublime de expressão e sensibilidade interior...
Beijinhos para ti
Viva Papagueno,
A nossa aldeia global poderia ser mais linda. Se a soubéssemos enfeitar...
Beijo para ti
Olá Carlinhos,
Que bom ver-te por aqui...
A arte da poesia é fazer-nos reflectir.
Ela sai-nos da alma... como um lamento, um desejo, um sentir querido.
Beijo alcobacense para ti.
Olá Mariafaia!
O poema foi muito bem escolhido...
Reflectimos, sonhamos e atá pensamos em soluções para "a nossa aldeia".
Beijinhos
Viva Aramis,
Ainda bem que gostou da escolha.
O objectivo eram mesmo o de nos fazer pensar...
Escrever por escrever não faz qualquer sentido.
Beijinho
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