sábado, 28 de março de 2009

PELA LIBERDADE E PAZ

Aung San Suu Kyi, activista birmanesa e líder da Liga Nacional para a Democracia (de oposição ao regime), premiada com o Nobel da Paz em 1991
Caros(as) Amigos(as),
Hoje trago-vos um apelo que recebi da Avaaz, uma ONG Internacional de Ciberactivismo, que desenvolve campanhas tendentes ao fim dos conflitos no Médio Oriente, encerramento da prisão de Guantânamo, libertação de presos políticos e implementação de medidas contra o aquecimento global.
Porque participar activamente em prol de um mundo mais justo e pacífico e de uma globalização mais humana, me parece constituir um dever de todos nós, aqui vos deixo o apelo recebido:
"A líder do movimento pró-democracia e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi passou mais de 13 anos presa pela junta militar da Birmânia (ou Mianmar).
Ela e milhares de monges budistas e estudantes estão presos por protestar pacificamente a ditadura militar brutal do seu país. Esta semana temos a oportunidade de ajudá-los - mesmo à distância. Mesmo correndo um enorme risco ativistas da Birmânia se pronunciaram esta semana pedindo a libertação imediata de Aung San Suu Kyi e de todos os prisioneiros políticos do país.
Eles apelaram também pelo apoio da comunidade internacional pois só assim terão chances de combater a junta militar.
Com a crise económica, a assistência humanitária internacional é cada vez mais necessária na Birmânia, portanto os generais estão se tornando mais vulneráveis à pressão internacional.
É aí que nós entramos, estamos coletando um enorme número de assinaturas na petição para o Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon, pedindo que a Birmânia se torne uma prioridade da ONU.
Assine a petição no link abaixo e depois divulgue esta campanha para todos os seus amigos.
Os ativistas da Birmânia querem coletar 888,888 nomes para a petição. O número 8 tem um simbolismo importante na cultura deles e a junta militar é extremamente supersticiosa. Como a situação deste país não é divulgada na mídia internacional, precisamos divulgar esta campanha para o maior número possível de pessoas para alcançar esta quantidade massiva de assinaturas.
O aumento da pressão internacional está funcionando, em dezembro 112 ex-presidentes e primeiros ministros de 50 países enviaram cartas para o Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon pedindo para ele pressionar a junta pela liberação dos prisioneiros políticos. Em fevereiro, 20 prisioneiros políticos foram soltos logo após a visita de uma delegação da ONU ao país.
A junta militar teme as consequencias da mobilização online coordenada e sua influência sobre a ONU: mais de 160 exilados da Birmânia e grupos em 24 países estão participando da campanha. Porém ainda precisamos de um grande número de assinaturas para chamar a atenção do Sr. Ban Ki Moon. Clique abaixo pelo fim das prisões e da brutalidade militar:
Este é um momento em que podemos fazer a diferença. Vamos apoiar os corajosos ativistas pró-democracia da Birmânia que hoje estão presos e exilados, para que eles tenham sucesso em acabar com a violenta repressão militar do seu país. Com esperança e solidariedade, "
Alice, Ricken, Pascal, Graziela, Veronique, Iain, Paul, Luis, Paula, Brett e toda a equipe Avaaz

sexta-feira, 20 de março de 2009

O PAPA EM ANGOLA

Estimados Amigos,
Hoje, trago-vos um Editorial do Jornal de Leiria, cujo autor, Homem Livre e de Bons Costumes, descreve de forma sublime (em minha opinião), a insensatez de quem deveria defender o bem da Humanidade mas, fruto de uma cegueira castrante, acaba por conduzir os menos esclarecidos à dor, sofrimento e miséria.
Agradeço, pois, ao meu Amigo Dr. José Ribeiro Veiria, o seu assentimento para publicação do seu Editorial no Querubim Peregrino.
" Depois de ter percorrido outros países africanos, voltará a condenar o uso do preservativo em países onde a Sida e outras doenças congéneres dão cabo da vida a milhões de pessoas, com consequências sociais gravíssimas.
A Igreja de Roma sustentada no seu conservadorismo e baseada no dogma e no pressuposto de que o Papa continua ainda a ser o sucessor de Cristo na terra, fomenta, com essas atitudes, o aparecimento doutras doutrinas, seitas ou religiões com cada vez mais adeptos, mesmo quando dirigidas por mal feitores ou traficantes da palavra e do uso abusivo dos nomes de Deus e de Cristo.
Percebo que a Igreja continue a condenar o uso do preservativo se quiser continuar a defender que a vida se salva com o sofrimento, mostrando às crianças Jesus Cristo como alguém que condena e castiga em vez de o interpretar como um Homem que pregou principalmente a compreensão e o perdão.
Cristo foi, também, nessa época um revolucionário que terá lutado contra a ocupação romana, defendendo os mais desfavorecidos e oprimidos, por essa e outras circunstâncias de então.
A Igreja tem-se esquecido da mensagem de humanidade e humildade, de solidariedade e de fraternidade que Cristo pregou.
Quero crer que se cá voltasse agora e visse como era entendida a sua palavra pela Igreja Católica, que o diz representar, se empenharia numa nova cruzada a favor da liberdade com os mesmos princípios e valores, defendeu há dois mil anos.
Era bom que não fosse preciso usar o preservativo nas relações sexuais. É um “intermediário” que trava a beleza a uma prática que se desejaria natural e destinada à procriação e à satisfação própria da condição humana.
Não será o seu uso lascivo um sinal de progresso civilizacional mas, pior do que proibi-lo, é diabolizá-lo e condenálo. A Igreja, devia sobre a matéria calar-se, ou ter um discurso de compreensão e perdão.
A linguagem do catolicismo tornou-se, em muitos casos contrária ao progresso, alheia ao tempo e adversa à tolerância e à compreensão.
Tenho pena que assim seja porque muitos como eu foram educados de forma cristã, respeitando ainda a concepção humanista e fraterna que a doutrina lhes ensinou.
Ao prosseguir assim, seja na Europa, na Ásia, na África ou nas Américas, a Igreja conseguirá ainda atrair multidões, particularmente visíveis nas visitas dos Papas, especialmente entre as gentes mais pobres e fragilizadas que a alguma coisa se terão que agarrar na esperança de, por essa via, ver reduzido o sofrimento das desigualdades sociais a que parecem estar condenadas, afastando, porém, muitos outros cada vez mais disponíveis para aceitar outras práticas de espiritualidade. "
Autor: José Ribeiro Vieira,
in "Jornal de Leiria", de 19 de Março

quarta-feira, 18 de março de 2009

POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL

Foto de minha autoria tirada num dos becos de Lisboa
Meus Amigos,
Na dita sociedade global em que vivemos e que, hoje, todos questionamos, com particular incidência para a globalização dos mercados neo-liberais, quero partilhar convosco algumas reflexões de minha autoria sobre Exclusão Social e Pobreza.
O conceito de exclusão social deve ser entendido a partir da existência de um conjunto de direitos e deveres normativamente inscritos nas estruturas sociais e plasmados em códigos normativos que expressam os grandes consensos que fundam os compromissos entre os membros de um qualquer sociedade. É esse conjunto de direitos e deveres que conferem às pessoas o estatuto de cidadãos e, é o facto de nem todos os cidadãos beneficiarem desse estatuto que dá sentido ao conceito de exclusão social. Entre estes direitos e deveres surgem o direito ao trabalho, ao rendimento autónomo, à educação, à cultura, aos cuidados de saúde, à protecção e participação social e cívica. Produzem-se situações de exclusão social porque a sociedade não oferece a todos os seus membros a possibilidade de beneficiar de todos os direitos nem de cumprir alguns dos deveres que lhes estão associados, ou seja, é produto de processos sociais, entre os quais sobressai a dificuldade temporária ou prolongada de acesso ao mercado de trabalho, e também de processos subjectivos que dizem respeito à forma como as pessoas excluídas vivenciam a sua condição de excluídas, reagindo perante o estatuto desvalorizado que lhes é imposto e desenvolvendo formas de adaptação às situações com que são confrontadas. Daqui resulta o facto de as pessoas desfavorecidas “perderem” o estatuto de cidadania plena, ou seja, de se verem impedidas de participar nos “normais” padrões de vida da sociedade.
A noção de pobreza refere-se, sobretudo, a uma das dimensões da existência mais determinantes dos processos de produção e reprodução da exclusão social: a das deficientes condições materiais de existência, ou da insuficiência de recursos de ordem económica, social ou cultural. Naturalmente a pobreza tende a produzir “culturas de pobreza”, correspondentes às maneiras de ser, fazer e sentir das pessoas, famílias ou grupos sociais cujos recursos escassos não lhes permitem viver segundo os padrões normativamente definidos como normais pela sociedade ou que não lhes permitem assegurar a subsistência e eficiência física. Torna-se difícil definir um conjunto de circunstâncias a partir do qual um grupo de pessoas pode considerar-se “desfavorecido”.

domingo, 15 de março de 2009

PORQUE A MALDADE E CRUELDADE NÃO PODEM IMPERAR...

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras.
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas.
É urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros
e a luz impura, até doer.
É urgente o amor.
É urgente Permanecer.
Autor: Eugénio de Andrade