quinta-feira, 26 de julho de 2007

REGIONALISMOS MEDÍOCRES....

Pedro Nunes, o bastonário da Ordem dos Médicos, confessou ao DN que não fazia ideia de que ainda houvesse, em Portugal, abortos médicos decididos por comissões que integram elementos não médicos. " Não posso subscrever esse tipo de situação. As comissões que decidem da interrupção da gravidez por casos médicos devem ser formadas exclusivamente por profissionais da saúde." Isto, explica, porque não se trata de decidir sobre questões de natureza moral". Pedro Nunes frisa aliás, que, "a ética médica é uma ciência laica, nada tem a ver com a religião".
O padre José Manuel, capelão católico do hospital central do Funchal, o único da região autónoma com serviço de obstetrícia, integra a comissão que decide sobre os pedidos de interrupção da gravidez (IG) previstos na lei de 1984, a lei que permite o aborto por malformação do feto, por risco para a saúde física e/ou psíquica da mulher e por gravidez resultante de crime contra a autodeterminação sexual.(...) Isto, apesar de a lei de 1984 especificar que a decisão sobre o pedido de aborto é médica. E de a Portaria nº 189/98, que regulamenta a lei, (...) determinar que em todos os hospitais onde exista diagnóstico pré-natal (caso do hospital do Funchal) deve ser criada uma comissão técnica de certificação da IG por causa fetal, composta por um obstetra/ecografista, um neonatologista e um geneticista sendo os restantes elementos "necessariamente possuidores de conhecimentos categorizados para avaliação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez."
Certo porém é que o DN constatou , nos responsáveis do governo regional e hospitalares, o total desconhecimento da referida portaria. A justificação para este alheamento é dada por Guilherme Silva, jurista e deputado do PSD/M na Assembleia da República. "A portaria não foi aplicada à Madeira nem teria de ser, pois não é uma lei geral. (...) A república não pode imiscuir-se num serviço regionalizado, como é o serviço regional de saúde".
In: Diário de Notícias de 20 de Julho de 2007

10 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Isto da Madeira dá-me voltas ao estômago. Não seremos afinal o mesmo país?
Quero ver o que faz o PR a este respeito. E que tal demitir o Governo Regional da Madeira?
A sério estou farto deste 'gajos'...
Isto revolta-me...


Grande Kiss

27 de julho de 2007 às 00:14  
Blogger Carminda Pinho disse...

Então a Madeira não faz parte de Portugal? Guilherme Silva não está na AR eleito pela lista da Madeira?
Governo Regional é o mesmo que governo nacional? Tou confusa...mas porque é que não dão a independência áquele "grunho"?
e não me venham cá com os coitados dos madeirenses porque as eleições são livres e eles escolhem-no a ele, por isso têm o que merecem.
Até fico nervosa quando falo nesse gajo...grrr...
Bjs

27 de julho de 2007 às 03:50  
Blogger avelaneiraflorida disse...

parece ser de novo uma pescadinha de rabo na boca!

Será que os políticos não sabem ler????

27 de julho de 2007 às 08:40  
Anonymous Anónimo disse...

Salve, Maria Faia.

A omissão é prova factual de ingerência administrativa ou de revanchismo político.

Bom fim de semana

27 de julho de 2007 às 11:02  
Anonymous Anónimo disse...

Amiga Maria Faia,

Realmente tudo isto faz muita confusão pela negativa, ainda por cima tratando-se de um assunto tão importante!
Beijos

27 de julho de 2007 às 14:58  
Blogger Zé Povinho disse...

Das duas, três: ou pedem a independência, ou respeitam a lei. Não é o Ultimato Inglês do século XIX mas um imperativo legal.
O pessoal começa a ficar farto de originalidades e do Carnaval constante que são as relações entre a República e o senhor Jardim. Entendam-se... porra!
Abraço

27 de julho de 2007 às 15:11  
Blogger Moacy Cirne disse...

Oi, esta é a primeira vez que atravesso o Atlântico para visitar o seu blogue. Gostei do que vi, apesar das particularidades que dizem respeito aos problemas de Portugal. Também temos os nossos, que são muitos. Voltarei, claro. Um abraço.

27 de julho de 2007 às 17:28  
Blogger Mário Margaride disse...

Olá Maria,

De facto já não há pachorra para o Alberto João Jardim.

O que é estranho. É não haver em Portugal um governo à altura, para fazer cumprir a lei em todo o território nacional.
Ou o nosso Primeiro, não tem "tomates" para o Ti Alberto?
Se fosse eu o Primeiro! De certeza que já o tinha "calado" há muito.

Beijinhos

28 de julho de 2007 às 00:56  
Blogger António Inglês disse...

O nosso Presidente já veio dizer que as leis são para cumprir em todo o território nacional... que a leitura que se faz da lei é a mesma em todo o país e que por isso na Madeira também era a mesma...
Gostei de ouvir, e foi uma fuga para a frente...
A verdade é que ainda não apareceu ninguém "com eles no sítio" para pôr o Sr. Jardim no lugar dele.
Faz-me confusão como alguém que por ser Presidente do Governo Regional da Madeira pensa que está acima de tudo e de todos. Dispara a torto e a direito, insulta magistrados deste País, é arrogante, mal educado e ninguém tem coragem de lhe dizer de uma vez por todas que tome juízo e se porte bem.
Nem o Marques Mendes que é o Presidente do partido a que aquele senhor pertence lhe põem o dedo no nariz.
Um dia destes, esta história ainda vai dar maus resultados. A ver vamos...
José Gonçalves

28 de julho de 2007 às 02:17  
Blogger C Valente disse...

A Madeira, quando lhes interessa é faz p+arte de Portugal continental, quando são independesntes.
Aberrações deste país com deputados como Guilerme silva, padres á frente de comissões e o que mais não se sabe, simplesmente é ridiculo
Volta sempre, eu volto
Saudações

30 de julho de 2007 às 16:48  

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